segunda-feira, 22 de novembro de 2004

Músicas, momentos, pessoas e lugares

Brian Ferry – Slave to love: fim de semana perfeito na praia do Presídio com grandes amigos da faculdade (Felipe, Marcos, Igor, Rodrigo, Sabrina, Aline, Luciana, Ticiana, Adriana, Luana e Dayse).

Barry Manilow – Copacabana: Carolina e eu semi-bêbados tomando vodka e dançando no quarto dela enquanto a Marcelle dormia no quarto ao lado.

Caetano Veloso – Queixa: dor-de-cotovelo por causa de uma gaúcha que acabou se tornando uma grande amiga.

Paralamas do Sucesso – Meu erro: Márden, Marília, Ariane e eu cantando em videokês de diversas festas durante o 3° ano.

Tribalistas – Já sei namorar: reveillon 2002/2003 em Porto de Galinhas/PE.

Tom Jones – Sex bomb: a Dri e eu dançando enlouquecidamente na Alfândega.

Shakira – Ojos asi (e qualquer outra música da febre árabe): a minha primeira saída com o pessoal da faculdade (Marcos, Samuel, Aline e Sabrina) para o Estaleiro.

Mariah Carey – I still believe: minha ex-namorada.

Terrasamba – Na manteiga (ou qualquer que seja o título dessa música): Muriçocas do Miramar (bloco pré-carnavalesco de João Pessoa) de 2002 com meu irmão, minha prima Ana Lúcia, Leila Brandão (vulgo Leilão, companheira de sambão) e Thaís Brandão (vulgo Fofinha, compaheira de leituras na cozinha, juntamente com Ana Lúcia).

Groove Armada – Superstylin’: Órbita.

Jingle do comercial do programa Alfabetização Solidária (ou qualquer outra música nada a ver): Leda e eu cantando aos berros dentro do Asdrúbal (o Ford Ka dela) a caminho da faculdade.

Britney Spears e Madonna – Me against the music / Evanescence – Going under: Ceila gritando e dançando enlouquecida no laboratório de informática.

Maria Rita – Encontros e despedidas: um futuro próximo, muito próximo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2004

A hora do adeus

Praticamente, terminei o segundo capítulo da minha monografia. Falta enviá-lo para a minha orientadora e esperar por suas sugestões. As alterações do primeiro eu já comecei a fazer. Agora, falta só o terceiro capítulo. Lendo isso, vocês devem estar pensando: que bacana, ele deve estar feliz com o avanço da monografia! A triste verdade é que não estou. Por um lado, estou feliz, sim. É muito bom ver que algo em que me empenhei tanto está dando certo. Fruto de muito trabalho e causador de muita preocupação e ansiedade. O problema é que, conforme vou chegando ao fim da monografia, vou me dando conta que está chegando o tempo de me despedir. Dizer adeus não apenas à faculdade, a melhor época da minha vida (e que tinha potencial para ser melhor ainda, mas não quero falar sobre isso) mas à cidade onde nasci e cresci, física e emocionalmente. Dizer adeus a todos os lugares que me trazem recordações, boas ou ruins, mas que fazem parte da minha vida. E, o pior de tudo, dizer adeus às pessoas que eu adoro, a todos os meus amigos. Essa é a parte mais difícil. Quando começo a pensar como será me despedir deles, meu coração fica apertado e ameaça sair pela boca. A despedida torna-se cada vez mais real para mim. Está chegando a hora de dizer adeus e eu não sei como vou fazer isso.

segunda-feira, 15 de novembro de 2004

Lamentável

Sei que já postei hoje, mas preciso submeter à apreciação de vocês um fato ocorrido há pouco, na comunidade do Orkut “X-Men Brasil”, da qual faço parte. Lá cheguei procurando um tópico interessante e ameno sobre esse passatempo que gosto tanto e que, provavelmente, possui uma boa participação na minha criatividade e em alguns conceitos em que acredito. Cliquei no tópico “O que vocês acham de personagens gays em X-Men?” e encontrei algumas opiniões que me chocariam mesmo se fossem lidas em qualquer outra comunidade, quanto mais em uma dedicada aos leitores de uma revista em quadrinhos que trata, justamente, da luta contra preconceitos. Colo aqui a minha resposta.

Eu, realmente, não queria atacar ninguém, pois acho lamentável quem fica utilizando o Orkut, que acredito ser uma ferramenta para fazer novas amizades e manter o contato com as antigas, para criar inimizades. Mas acho EXTREMAMENTE mais lamentável ler coisas do tipo "nada a ver colocar viado nas revistas" ou "meu filho não merece o ultrage (o que é pior ainda de se ler, já que ultraje se escreve com J) de ver homens se beijando" ou "erros da humanidade". Gostaria de pedir às pessoas com tais opiniões que tentassem abrir um pouco suas mentes aprisionadas por conceitos religiosos preconceituosos. Quanto ao cara que disse estar preocupado com o filho ter que encarar tais "erros da humanidade", tenho só uma coisa a dizer: espero que seu filho não seja gay (e repare que digo "seja", e não "se torne", mesmo que ele não demonstre nenhuma indicação de tal orientação sexual), pois, se ele for, não consigo imaginar o que seria da relação entre vocês se ele revelasse ser o que você considera um grande "erro".

domingo, 14 de novembro de 2004

Eu contra o Universo

Meu último post comemorava um dia ótimo, em que aconteceram várias coisas boas. Mas, dois dias depois, algumas coisas chatas começaram a acontecer. Comemorei cedo demais que a minha fatia de pão caiu com o lado da manteiga virado pra cima. Pouco depois ela deu uma cambalhota, tal qual uma barata agonizante. Minha impressora teima em funcionar na assistência técnica, mas não aqui em casa. Problema no computador? Provavelmente, mas o problema é que não se consegue descobrir onde, mesmo depois da compra de dois novos cabos (um paralelo e um USB) para testar se o problema não era nas portas de impressão do computador. Mesmo com os cabos novos, o conserto dos trilhos dos cartuchos e a limpeza da impressora, ela se recusa a funcionar. Constatado isso, me dirijo à loja onde comprei os cabos para trocar o segundo por novos cartuchos para a impressora, conforme já havia combinado, por telefone, com o funcionário que me atendera. Lá chegando, a outra funcionária que me atendera disse que não era possível trocar produtos em promoção, desmentindo o que o rapaz havia me falado. Alegou que o dono não permitia. Resultado? Olhei para ela com ódio, mesmo afirmando saber que ela não tinha culpa, e disse que ela avisasse ao dono da loja que, embora eu precisasse do cartucho novo, por conta daquilo, eu não iria comprá-lo lá, iria procurar onde fosse, mas lá eu não compraria. Perdi a paciência, perdi o dinheiro do cabo e perdi minha aula de inglês. No dia seguinte, começou um serviço aqui no apartamento dos meus padrinhos que virou o lugar de cabeça para baixo, me fez inalar quilos de pó de madeira lixada (temendo cuspir um pião a qualquer momento) e atrasou minha monografia. Isso tudo na semana em que assisti a um episódio de Sex and the city (pausa para um momento de saudade) em que se falava sobre carma: para uma série de acontecimentos ruins, há um acontecimento muito bom para compensar e vice-versa. É o que costumo chamar de auto-regulação do universo. Graças a Deus que o universo teve pena de mim e voltou a me compensar por tantos desastres: apesar de estar confinado no corredor que leva aos quartos (esperando o verniz do piso dos mesmos secar – por Deus que não sofro de claustrofobia), terminei o primeiro capítulo da mono e já o enviei à minha orientadora. Espero que a resposta seja tão animadora quanto a do post anterior. Ainda bem que meu aniversário já passou, pois eu não agüentaria um inferno astral de lambuja.

segunda-feira, 8 de novembro de 2004

Enquanto isso, numa vara de justiça

A gente vê cada uma. Um juiz em Niterói entrou com um processo na justiça para obrigar o porteiro do seu prédio (e creio que todos os outros moradores) a chamá-lo de doutor. O argumento? Ele não é um “cidadão comum”. É assim, então? Pois, já que tenho olhos verdes e sou diferente da média dos brasileiros, logo não sou um "cidadão comum", eu vou entrar com uma ação na justiça para que todas as pessoas me chamem de “galeguim dos ói azul” (reminiscências da infância). Faça-me o favor!

domingo, 7 de novembro de 2004

Cada coisa em seu lugar

Incrível como a gente acha assunto até onde não espera. Estava eu passeando na comunidade de Fortaleza no Orkut e cliquei num topic intitulado “Fui roubado”. Era um rapaz informando que havia sido roubado e pedindo para que alguém se comunicasse com ele caso achasse seus documentos. Logo em seguida surgiram dois sem-noção (para não usar termos mais fortes) e disseram para ele se preparar que isso é só o começo da “era Luizianne”. Independentemente de ser contra ou a favor, ter votado ou não nela, quero só rebater esse absurdo dessas duas criaturas que acham que liberdade de expressão dá o direito de dizer qualquer besteira gratuitamente (pior ainda, obriga os outros a ouvir ou a ler). Em primeiro lugar, a Luizianne não tem nada a ver com isso, pois o mandato dela só começa em 1° de janeiro de 2005. Logo, é bom esperar, pelo menos, mais um ano e meio antes de tecer comentários sobre uma administração que nem começou ainda. Em segundo lugar, segurança pública é da competência do estado, e não do município (aliás, aprendi com um outro rapaz muito sensato que respondeu ao topic, digitando partes da Constituição brasileira, que a guarda municipal – tão alardeada na campanha do Moroni – só pode ser utilizada para defender o patrimônio público, e não as pessoas - Art. 144, parágrafo 8°: "Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei."). E, em terceiro lugar, você enfiar um negócio desse num topic em que a pessoa vem só informar que foi roubada e pedir ajuda caso encontrem seus documentos é passar atestado de quem não tem o que fazer e quer tornar públicas suas abobrinhas a qualquer custo. Quer discutir política? Ótimo, muito justo e necessário até. Então crie um topic e fale sobre o assunto, utilizando argumentos racionais e palatáveis. Vamos crescer, né, pessoas!

quarta-feira, 3 de novembro de 2004

Deixando a tristeza de lado

Não vou falar sobre a reeleição de George W. Bush porque seria um post cheio de melancolia, tristeza e decepção. Não quero encher meu blog com toda a negatividade que esse homem passa. Infelizmente ele ganhou e não há nada a se fazer agora. Por isso publico o texto que escrevi ontem, mas não publiquei por conta de alguns empecilhos.

Após alguns problemas que me impediram de postar nos três últimos dias, estou de volta para comentar algumas coisas sobre o post passado. Em primeiro lugar, eu me expressei mal quando disse, simplesmente, que acho perigoso levantar a auto-estima de um povo. Claro que sei que ter uma boa auto-estima ajuda bastante e ninguém deve andar por aí achando que é o pior dos piores. O que quis dizer foi que acho perigoso dizer que alguém deve se sentir bem ou superior (o que é pior ainda) simplesmente por ter determinada nacionalidade. Não é ter nascido no Brasil, nos Estados Unidos ou na China que faz de alguém melhor ou pior. O que nos faz são as atitudes que tomamos, a forma como agimos, a maneira que pensamos e pomos em prática, afinal, como dizia o meu xará bíblico Tiago, “a fé sem obras é morta”. É isso que vejo nos americanos em geral (claro que há exceções, em tudo há: vide Michael Moore, um americano com uma capacidade de auto-crítica invejável), um sentimento de superioridade por ter nascido na terra do tio Sam. E, em segundo lugar, quero dizer que concordo com quem disse que exemplos capitalistas não podem ser de pessoas dispostas a ajudar os outros e tentar mudar a ordem das coisas, realmente eu não havia pensado nisso, apesar de todas as leituras que estou fazendo para a minha monografia apontarem exatamente isso, falando do atual homem unidimensional, ou seja, aquele que aceita as coisas como estão como a única forma possível. E concordo também com quem disse que nós precisamos de heróis para nos espelharmos (gente, desculpa não dizer exatamente quem, deu um probleminha na Internet aqui e eu não to podendo acessar meu blog para olhar os comentários). Acontece que eu continuo achando que quem faz todos os esforços para melhorar a própria vida não é herói nenhum: herói, como os que estou acostumado a ver nas histórias dos X-Men que tanto gosto, são aqueles que sacrificam a própria vida em prol dos outros, que não medem esforços para ajudar a melhorar não só a própria vida. Por acreditar que isso, sim, é que são heróis e por não me vender totalmente ao capitalismo que hoje se apresenta, deixando bem claro que não tenho nenhuma inclinação para o socialismo e nem para usar os livros de Marx como bíblia (até porque não sou católico e não leio a bíblia) que eu continuo achando que essa campanha do governo não me passa nada do que pretende passar.