sexta-feira, 31 de dezembro de 2004

Faça o seu ano feliz

Interessante essa tradição de se comemorar o ano novo. A passagem do dia 31 de dezembro para o dia 1° de janeiro subseqüente é celebrada como um recomeçar cheio de novas possibilidades, de uma nova vida. De fato, novas possibilidades surgirão no ano que se inicia, mas não diferentemente das que surgem em todos os dias de nossa vida. É bom lembrarmos que se convencionou que o ano começa dia 1° de janeiro, mas poderia começar dia 1° de fevereiro, 14 de março, 26 de novembro, se assim tivessem achado por bem aqueles que definiram nosso calendário numa época e lugar que eu não sei precisar agora. Ou seja, o dia 1° de janeiro é mais um dia na nossa vida, assim como o são todos os outros acima citados. O ano novo costuma ser celebrado como se fosse feito de uma matéria diferente da que compôs o ano anterior. Parece que uma nova energia carregada de “agora vai” se faz presente em todo ano que se inicia. Essa idéia, apesar de otimista e romântica, meio que nubla a principal lição que devemos aprender nesse rito de passagem: o que fez o nosso ano passado e o que fará o ano que se inicia, salvo algumas fatalidades e raros acontecimentos fora de nosso controle, são as nossas ações e atitudes. Se existe uma força maior que pode fazer com que o ano que se aproxima seja melhor do que o que se encerra é a nossa própria força de vontade. O que define o quão maravilhoso será o novo ano é a forma com que vamos tratar as pessoas, enfrentar os problemas, cumprir com nossas obrigações, exigirmos nossos direitos, ajudarmos os outros a exigirem os deles, exercitar o bom humor, praticar a bondade, a solidariedade, a compaixão, o respeito e aquilo que talvez seja o mais difícil de se praticar e o mais importante a se aprender: o perdão. São nossas atitudes de agora que definirão o amanhã. Assim sendo, desejo que todos nós consigamos fazer um feliz 2005, um feliz 2006, um feliz 2007...

terça-feira, 28 de dezembro de 2004

Convencendo a mim mesmo

Engraçado como pequenos gestos podem adquirir um significado muito maior do que sua simplicidade prática. Ontem (sim, porque, na minha cabeça, como não fui dormir ainda, continua sendo segunda-feira, apesar de já ter passado da meia-noite), depois que postei aqui, fui conferir minha página no Orkut. Dei uma olhada no meu profile e vi o item hometown, onde constava Fortaleza. O que fiz? Substitui por “João Pessoa, a caminho do Rio de Janeiro”. Muito simples, nada complicado de se fazer. Mas as repercussões psicológicas dessa pequena mudança de palavras são bem maiores do que a facilidade de sua realização. E sabem o que é o mais estranho nisso tudo? É que eu ainda não sinto como tendo, realmente, ido embora de Fortaleza. Parece que estou aqui de férias como já estive algumas vezes. Por isso mudei minha hometown no Orkut, por isso mudei meu nick no Messenger para “Tiago não mais em Fortaleza”, para me conscientizar da mudança.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

Esperar ou não esperar, eis a questão

Expectativa. Engraçado o poder que essa única palavrinha tem. Certo, não é a palavra em si que tem poder, mas o sentimento. Eu estava apenas sendo poético. O que quero dizer é que a expectativa pode ser a diferença entre uma agradável surpresa e uma frustração sem tamanho. Ao assistirmos a um filme ou a uma peça, ao conhecermos alguém, ao sairmos para qualquer lugar, esperar pouco ou quase nada daquele acontecimento pode fazer com que tenhamos uma noite (ou manhã, ou tarde, ou dia, ou semana etc.) extremamente agradável por conta da baixa expectativa anterior. Claro, esse tipo de grata surpresa só pode ocorrer se nós, mesmo achando que não vamos conseguir muita coisa dali, nos abrirmos para as possibilidades daquela experiência. Baixa expectativa combinada a emburramento e teimosia não pode gerar muita coisa boa. O contrário também é válido: se esperamos muito de algo (ou alguém), podemos dar com os burros n’água e passarmos um bom tempo com a sensação de “eu não devia ter saído de casa”. Por isso que eu costumo sair sem nenhuma expectativa, aberto ao que possa acontecer, pronto para pescar bons momentos em qualquer lugar e a qualquer hora. Mas nem sempre isso é possível. Por mais que eu não alimente minhas expectativas, algumas vezes eu me pego dependente delas. E aí me vem a pergunta: em se tratando de pessoas, a culpa é nossa por criar expectativas ou das pessoas por não corresponderem a elas, um mínimo que seja?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2004

DEZ!!!

Dez!!! Essa foi a nota que recebi pela minha monografia!! Não posso nem dizer o tamanho do alívio e da alegria que estou sentindo por ter conseguido isso! Sem falsa modéstia, eu realmente não esperava atingir essa nota. Sempre soube que todos os formandos (ou pelo menos a maioria deles) perdem um pouco a fé na própria monografia depois de entregá-la e antes de defendê-la. Mas, para mim, perfeccionista e autocrítico como sou, esse processo aconteceu de forma mais contundente. Contudo, esse sentimento se revelou infundado e minha defesa foi muito melhor do que eu esperava, inclusive as críticas que a banca examinadora fez ao meu trabalho, todas muito construtivas, sugerindo algo a acrescentar ao trabalho, e não destrutivas, apontando erros fundamentais na feitura da monografia. Minha orientadora, Fátima Severiano, foi de uma atenção e um zelo na defesa do meu trabalho que me deixou ainda mais encantado com ela. Fora ela e o resto da minha banca, composta por Wellington Jr. (cujo telefone consta até hoje na agenda do meu celular como “Wellington cel (o Sublime)”) e Inês Sampaio, que, infelizmente, só conheci agora, na minha saída do curso, quero agradecer muito a todos os meus amigos que me deram tanta força. Não apenas os amigos reais, mas os virtuais também: Caio, um dos grandes amigos que a Internet me trouxe; Késia, minha mais antiga blog-fã; João, amigo do Orkut que não agüentava mais me “ler” (pelo Messenger) falando da monografia, mas mesmo assim prestava atenção às minhas reclamações; Victor, outro grande amigo orkutiano, que passou a fazer parte da minha vida real, assim como a Késia; Jardel e Jackson, que também me deram um grande apoio via scraps do Orkut. Fora esses, existem os amigos reais que deram uma grande força virtual também: Marcinha, com nossas conversas mutuamente animadoras no Messenger; Melissa, minha eterna noiva; Val, com quem “falei” hoje também via Messenger, assim como a Grace, vulgo Vida, enfim, todos que me apoiaram de qualquer maneira, e me desculpe quem eu tiver esquecido de mencionar. Quero agradecer também a todos que compareceram à minha defesa, que não sei precisar exatamente quem são, mas, com certeza, me lembrarei sempre da Luana Luana, que marcou presença mesmo após tanto tempo de afastamento físico, pois foi esse o único tipo de afastamento que houve entre nós. Outros, como Ledíssima, Ceila, Bina, Carolina e Jorge, já citados nos agradecimentos da monografia, não podem receber os devidos "obrigados" por mais que eu escreva palavras de gratidão e amor aqui. Merece ser lembrado aqui todo o pessoal da turma de Publicidade de 2000.2, que me recebeu muito bem e se tornou minha nova turma da faculdade após o meu trancamento. Também quero agradecer à Talita e ao Igor, além da própria Luana Luana, pelas inúmeras caronas para a faculdade (e para outros lugares nada acadêmicos). Ainda falta agradecer a ajuda que não teve nenhuma relação com a faculdade em si, mas que foi fundamental para minha vida nesses anos de universitário: a ajuda das várias saídas e encontros divertidos entre amigos, incluindo aqui Ana Clara e família, da qual eu me sinto fazendo parte. Enfim, não quero me estender muito nos agradecimentos porque, por mais nomes que eu cite, vou sempre deixar alguém de fora. Quero apenas deixar um agradecimento geral enorme a todos que me ajudaram nessa conquista que possui um significado ainda maior para mim por conta de todas as dificuldades que tive que enfrentar a partir do segundo ano de faculdade. Muitíssimo obrigado a todos vocês!!!

PS: quero registrar que esse post está destinado a agradecer somente aos amigos, pois, se eu fosse agradecer à minha família também, seria um post quase impossível de se escrever e de se ler.

domingo, 5 de dezembro de 2004

Como será o amanhã?

Engraçado como nossas necessidades e nossos desejos podem mudar repentinamente, de um extremo ao outro. Mais ainda: como nós podemos deixar de desejar algo no momento em que o alcançamos. Estava eu aqui ao computador, inventando o que fazer para não ir dormir, quando pensei: eu tenho que ir dormir para acordar cedo amanhã! Espera aí. Não tenho, não! Eu já terminei a minha monografia! Não preciso acordar cedo! E isso era o que eu mais desejava: acabar minha monografia para não ter a obrigação de acordar cedo, não ter que começar meu dia ao som do despertador do meu celular. Mas, quando me dei conta de que não tenho que acordar cedo amanhã porque não tenho mais que fazer a monografia, me bateu um vazio, até mesmo uma falta de propósito. Sei que não acabou, ainda falta a defesa na próxima sexta. Mas, por mais preocupado que eu possa estar, sei que não é nenhum bicho de sete cabeças, e não me obriga a acordar cedo logo amanhã. E esse início de desobrigação acadêmica já começa a me preocupar. Explico: enquanto ainda fazia minha monografia, eu enfrentei um fim de semana nebuloso, registrado aqui no blog, inclusive. Mas, a partir da segunda-feira seguinte, eu voltei a me concentrar na mono e esqueci tudo o que me afligia. No momento, minhas preocupações estão dirigidas para a defesa. E aí eu me pergunto: depois da defesa, o que vai desviar minha atenção do fato inevitável que vai ser extremamente difícil de encarar?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2004

ENFIM!!!

Apesar de eu estar morto de cansaço e preferir ver a Dercy Gonçalves nua na minha frente a ter que sentar na cadeira do meu computador e digitar algo, vim deixar registrado esse momento único: ENTREGUEI A MINHA MONOGRAFIA!!! Sim, foi super agoniado, uma correria imensa, momentos de angústia e quase certeza de que não daria tempo, do jeito que eu não queria que fosse. Murphy achou poucos a pressão e o estresse de ter que escrever uma monografia que fizesse jus a mais de quatro anos de estudos na faculdade e resolveu brincar com a minha sorte justo hoje. Mas, agora, depois de todos os obstáculos superados e monografia entregue, só me resta desfrutar desse alívio e pensar que agora falta pouco, mesmo que seja um pouco também estressante e angustiante. Mesmo assim, que venha a defesa!!!

PS: queria agradecer a todos que torceram por mim e agüentaram meus papos repetitivos no Messenger sobre monografia. Muito obrigado!!!