segunda-feira, 24 de julho de 2006

Tem coisas que só o Rio faz para você

Não, o título do post não se refere ao Cristo Redentor, nem ao Pão de Açúcar, nem ao Jardim Botânico, nem à praia de Ipanema ou a nenhum outro grande ponto turístico do Rio de Janeiro. A experiência que o Rio me proporcionou ontem foi a de quase pegar o mesmo elevador que a Kelly Key (para os desavisados, Kelly Key é a intérprete de novos clássicos da MPB, como “Cachorrinho”, “Adoleta” e “Baba, baby”). Estava eu no Shopping da Gávea para fazer um programa altamente cultural, ir ao teatro. Enquanto Patrícia e eu esperávamos o elevador no estacionamento do shopping center, quem me chega e fica a poucas pessoas de distância na fila? Kelly Key. O negócio foi que o elevador ficou lotado e ela e seus “miguxos” não puderam descer conosco. Eu ainda a vi descer do outro elevador quando estava em frente ao teatro, mas não consegui partilhar da sua presença intelectualmente superior naquele espaço claustrofóbico do elevador. Ainda bem que ela é brasileira, pois o que lhe falta de cérebro, lhe sobra de bunda. E, aqui no Brasil, bunda já virou ganha-pão institucionalizado.

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Como diria Dr. Frankstein: "IT'S ALIVE"

Os leitores de longa data devem ter estranhado eu não ter postado ontem, no dia do amigo, como sempre faço. Aliás, todo mundo deve estar estranhando eu não dar as caras por aqui há exatas duas semanas. O fato é, amados amigos leitores, que eu estava em meio a um negócio bacana chamado montagem de móveis projetados desde a semana passada. Para quem nunca passou pela experiência, eu recomendo: muito divertido (caso não tenha ficado claro nas entrelinhas, eu coloco nas linhas mesmo: estou sendo irônico)!! Eu inalei tanto pó de madeira serrada (lembrando sempre que meu acessório nasal é bem avantajado) que eu estava com medo de espirrar e cuspir um estrado de cama ou, quem sabe, um conjunto bem acabado de palitos de petiscos, aqueles que têm uns detalhes entalhados na ponta. Mas, como diria a filósofa Gloria Gaynor, I will survive. Depois desse momento “Fala que eu te escuto”, passemos ao assunto daquele que seria o post de ontem, se eu não tivesse saído de casa 397 vezes. Todos sabem que amigos são algo extremamente importante na minha vida, algo que valorizo por demais (me deu uma vontade de escrever “por demais”, não sei por quê). Mas, ultimamente, tenho feito diferente do que fazia quando aderi ao Orkut (não vou nem mais me desculpar por voltar ao assunto do Orkut, vou adotar a filosofia do “post repetido: ame-o ou deixe-o”). Ao adentrar nesse mundo virtual de novas amizades, eu dava sim a todos os pedidos de autorização de ilustres desconhecidos para me adicionar como amigo. Agora eu só autorizo quem me apresenta uma boa razão para me adicionar, alguém que diga a que veio. Amizade é bom, mas nem todo tipo de amizade. É preciso ser seletivo. Só pelos recados que deixam dá para perceber que algumas pessoas têm outros objetivos diferentes do meu ao adicionar pessoas novas ao seu perfil no Orkut. Outra coisa que percebi estar crescendo na comunidade virtual de amigos é a quantidade de pessoas que estão apagando todos os seus recados (ainda não me acostumei direito a esse negócio de chamar scrap de recado, é a força do pioneirismo), coisa que faço há algum tempo. No meu caso foi mais por uma questão de segurança, sei que há quadrilhas investigando os hábitos e a vida das pessoas através de seus perfis no Orkut, mas muitos apagam seus recados para não terem sua vida investigada pelos amigos e, principalmente, pelos não tão amigos. Ué, mas o intuito do Orkut não é fazer você aumentar seu círculo de amizades e deixar mais pessoas fazerem parte de sua vida? Pelo menos, eu penso assim. É, mas o problema aqui é o mesmo de qualquer outra área de nossa vida: limite. Tudo tem seu limite, até as coisas boas. Ou melhor, principalmente elas, pois coisas boas sem limitações acabam se tornando mais nocivas do que as coisas ruins. Enfim, apesar desse momento reflexivo, continuo dizendo que amo demais todos os meus amigos e sempre me esforço para guardar os melhores momentos que passamos juntos, especialmente com aqueles com quem não mantemos contato há um bom tempo, mas não deixaram de ser amigos simplesmente porque nos afastamos por forças do destino. Acho que é sempre bom lembrar isso: amizade não é inversamente proporcional à distância que separa as pessoas.

sexta-feira, 7 de julho de 2006

Mande notícias do mundo de lá

Ontem o meu “lembrador” de aniversários do Orkut trabalhou bastante. Era tanta gente fazendo aniversário que eu começo a pensar que há algo de afrodisíaco no mês de setembro que faz os casais conceberem tantos rebentos nesse mês (para quem não é bom de matemática: setembro + 9 meses = junho). Mas não é sobre isso que quero falar. É sobre o tal lembrador de aniversários e os conseqüentes scraps e e-mails de aniversário. Se a era do e-mail já havia acabado com formas mais elaboradas de se parabenizar os aniversariantes, o tal do Orkut aboliu de vez todas. É um tal de neguinho mandando scrap de aniversário pra todo mundo e nada mais. Foi-se o tempo dos cartões (nada de cartão virtual, que eu abomino e nunca abri um sequer por causa de vírus), das cartas, até mesmo de um mero telefonema. É um scrap e dê-se por satisfeito. Não sou dado a saudosismos e sou totalmente adicto de qualquer forma de tecnologia, mas que a época da tal da carta enviada pelos Correios era bem mais emocionante, isso era. A gente se sentava, escrevia uma página inteira ou mais de notícias relevantes do lado de cá ou da mais pura abobrinha e enviava para o lado de lá. Aí havia a ansiedade pela resposta da carta, a emoção de abrir o envelope, enfim, todo o processo. Tudo bem que não podíamos nos corresponder com tantas pessoas nem com a freqüência que o e-mail permite, mas quantidade nunca foi sinônimo de qualidade. E falando em quantidade, eu mesmo sou uma das pessoas que não têm a menor paciência para e-mails quilométricos, quer seja para ler ou para escrever. É muito incômodo esse negócio de ficar pregado na cadeira do computador, redigindo ou lendo um texto imenso no computador (opa, Tiago, tá querendo acabar com teu próprio negócio? Escrevendo num blog que é chato ficar lendo coisas na tela do computador? Endoidou?). Enfim, só quero dizer que as antigas cartas eram bem mais divertidas e exigiam uma atenção maior de ambas as partes, o que criava um laço mais forte entre remetente e destinatário, vocês não acham?

domingo, 2 de julho de 2006

Ninguém trouxe a sexta estrela pra cá

É, não foi dessa vez. O Brasil está fora da Copa. Mas a eliminação do Brasil trouxe uma dúvida persistente e martelante à minha cabeça: quem seria a sexta estrela da campanha da Brahma? Eu nem tinha ocupado meus neurônios com conjecturas a esse respeito. Pra falar a verdade, eu nem achei que a tal campanha teria uma continuação pós-Copa, com a apresentação da dita sexta estrela. Mas depois da derrota brasileira ontem eu vi o comercial do Zeca Pagodinho fazendo malabarismos à la Ronaldinho Gaúcho com a bola e um sinal de “fica para a próxima”. Se eles tinham um comercial preparado para a derrota, haviam de ter um para a vitória. Logo, a nova estrela seria apresentada. Quem seria, então, esse ser misterioso? Analisemos. A campanha mostrava cinco estrelas da música brasileira: Zeca Pagodinho, Sandra de Sá, Toni Garrido, Cláudia Leite e Latino. Zeca Pagodinho é o representante da Música – mais – Popular Brasileira, o samba/pagode. Sandra de Sá é a personificação do que seria a Música Pra-gingar Brasileira, a versão tupiniquim da Soul Music. Toni Garrido seria uma mistura da Música Pop Brasileira e da Música Pra-dançar-levantando-os-pés-do-chão-e-olhando-a-sola-da-chinela-com-os-dreads-no-cabelo Brasileira, Pop e Reggae numa fusão bem Cidade Negra. Cláudia Leite é a mais pura representante da Música Pra-pular Brasileira, o axé baiano. E Latino seria o espécime da Música Por-classificar Brasileira (sério, se alguém aí conseguir definir o que diabos o Latino canta ou o que dá para fazer ao ouvir suas belas melodias que não seja sentir ânsias de vômito, por favor, me avise). O que falta nessa mistura? Talvez falte alguém da Música Pra-cantar-gemendo-na-porteira-de-uma-fazenda-em-Goiânia Brasileira e meter um Daniel ou um Leonardo (duplas sertanejas estariam eliminadas por uma questão simplesmente matemática: cinco estrelas + uma dupla sertaneja = sete estrelas). Quem sabe um representante da legítima Música Pra-roer Brasileira e tascar um Reginaldo Rossi, um Wando ou qualquer outro cantor brega de mais alto gabarito. Mas, se vocês querem saber, a minha aposta seria no mais novo fenômeno da música nacional! Eu acho que a sexta estrela seria ninguém menos do que... JOELMA DO CALYPSO!!! Já pensaram que sucesso? Joelma pinotando no palco da Brahma com suas botas salto 28, dando aquelas gemidas roucas nos refrões das músicas e tome cavalo manco no juízo!! O negócio agora vai ser esperar até 2010 e ver se a Brahma vai repetir a campanha e se o Brasil não vai amarelar!