quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Um cachorro que é cadela numa Páscoa em abril que vem depois de maio

Momento cri-cri. Após passagens de tempo intermináveis, com 937.526 reveillons de Copacabana pipocando na telinha da TV, Páginas da Vida chegou, finalmente, ao ano de 2006. E como crítica pouca é bobagem, vamos à pisada na bola da Globo no capítulo de ontem da novela das oito. O folhetim está em 2006, mas ainda caminha lá pelos idos da Páscoa (“iscrusivi” a sempre feliz Olívia convidou o neto da bruxa Marta para uma “fesstchinha” de Páscoa). E o que foi que vimos no capítulo de ontem? Um novo Honda Civic rodando pelas ruas do Leblon. Preto, pra ser mais detalhista. Qual o problema com isso? Bom, o problema é que o novo Civic foi lançado no fim de maio, e a Páscoa foi em abril. Na minha matemática, essas contas não batem. Pra continuar implicando com a arrastada novela das oito (eu avisei que já pressentia que essa novela não repetiria o brilhantismo de Por Amor) onde nada de importante acontece capítulo após capítulo, eu preciso fazer um desabafo. Alguém pode me dizer por que insistem em afirmar que o cachorro da Isabel é macho quando todos vemos que é uma fêmea? Será que a Globo só conseguiu uma cadela sexualmente confusa para interpretar o papel de companheiro da encalhada fotógrafa de casamento? Será que a Globo está iniciando um novo movimento em favor da diversidade sexual animal? Preparemo-nos para a parada do orgulho gay canino!

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Run, Forrest, run!!!

Como se não bastassem as outras fobias que as grandes cidades nos causam, como o medo da insegurança e o pânico de dirigir no trânsito caótico das metrópoles, ainda me fazem o favor de inventar mais dois! Sim, inventar, pois não são coisas que vão se formando ou acontecendo por incompetência do poder público ou pelo aumento da população motorizada das cidades (agregado ao aumento da falta de educação das pessoas no trânsito), são coisas que foram pensadas para serem do jeito que são! A primeira são aqueles malditos aparelhos da Nextel. Jesus Amado!! Agora ninguém consegue ir a lugar algum sem ficar escutando aqueles apitos enervantes! Já tô vendo a hora de eu meter a mão na cara de um que me deixar aquele aparelhinho do capeta apitando no meio do cinema! E a outra fobia urbana mais recente são aqueles azuizinhos “oferecendo” o cartão da C&A. “Oferecendo” mesmo, entre aspas, porque aquilo é quase uma lavagem cerebral, um seqüestro cujo resgate consiste em fazer o tal cartão para que você possa ir embora e seguir a sua vida (ou, simplesmente, seguir caminhando na calçada). Eu, que cresci com medo de lendas urbanas tão fantasiosas como a perna cabeluda, o homem do saco e a loira do banheiro, já prevejo as mães das próximas gerações avisando seus filhos ao saírem de casa: “Cuidado, meu filho! Se você vir um azulzinho com o nome C&A na camisa, corra, meu filho, corra!!!”

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Ajustando a saia

Ê, sumiço bom! Mas vamos logo ao post e deixemos as desculpas de lado. Vocês se lembram do post em que eu disse que ia demorar para dar outra chance ao Saia Justa? Pois essa chance veio hoje, graças à reformulação do programa. E graças também à consciência que eu tenho das minhas limitações, pois eu queria mesmo era ler, mas sabia que, se eu insistisse nisso, eu iria acabar dormindo. Não adianta: quando estou naquele estado, eu sei que acabo dormindo se tentar ler. Como acho dormir muito mais improdutivo do que ver TV, liguei a telinha para espantar o sono. E não é que foi bem na hora da reprise do Saia Justa? O programa agora possui 5 saias: sai Luana Piovani, entram Ana Carolina e Maitê Proença e permanecem Mônica Waldvogel, Betty Lago e Márcia Tiburi. Já peguei o programa numa discussão colocada em pauta pela Maitê, perguntando "se você tivesse que escolher um dos três, o que você escolheria: sexo, família ou amigos?" Obviamente se tratava de uma pergunta hipotética, sem aplicação prática, pois me parece impossível (e desnecessário) fazer tal escolha, mas é sempre bom ver o processo da discussão de idéias em andamento. Primeiras impressões: 1) Ana Carolina (que, por sinal, estava belíssima) me parece que veio para ser a sincera do programa, mas não com aquela sinceridade que quer aparecer, que quer causar polêmica, tipo Fernanda Young, Preta Gil (que já participou do programa) ou mesmo Luana Piovani, e sim uma sinceridade natural, honesta, de quem não quer tapar o sol com a peneira. Fora que a voz da mulher é muito boa de se ouvir! 2) Maitê Proença é forte candidata a tomar o lugar de Marisa Orth como a saia “na medida”: inteligente, mas sem ser metida a intelectual como a Márcia Tiburi, centrada, mas sem ser tão séria quanto a Mônica, enfim, mais próxima de uma pessoa inteligente normal. 3) Betty Lago continua sendo a saia dispensável, ponto. 4) Mônica Waldvogel continua mantendo seu posto de âncora e chefe do programa, merecidamente. 5) Iniciemos o movimento “Mandem a Márcia Tiburi à Lua”. Cara, não dá pra agüentar aquela mulher com seu ar intelectualóide, querendo esfregar seu diploma de Filosofia na cara de todo mundo. No meio de uma discussão super séria (assim, mais ou menos, porque sempre rolam umas boas piadas), a mulher me vem explicar, etimologicamente, o sentido da palavra preconceito usada por outra integrante do programa antes de dar sua opinião. Pô! Não bastava dizer: “não, isso não é preconceito porque é uma opinião que vai se formando conforme a situação acontece”? Não! Ela tinha que mandar o seu “preconceito é um pré-conceito, é um conceito que se forma antes de ter conhecimento da situação, e nesse caso...”. Sinto muito, Márcia Tiburi, mas, comigo, você continua sem vez (ainda tenho pesadelos com a teoria dela de que mulheres pobres são gordas para ocupar mais espaço na sociedade, no sentido físico, mas almejando que seja no sentido de poder). É, parece que o Saia Justa acabou de ganhar uma sobrevida comigo. Destaque para a definição da Maitê Proença de pessoa boazinha. Parafraseando, ela disse que a pessoa boazinha é aquela altamente carente de amor próprio e que precisa sempre ser legal com os outros para receber a confirmação de que ela é uma boa pessoa. A pessoa verdadeiramente boa, por princípio e por caráter, não tem essa necessidade de confirmação dos outros e não se sente obrigada a sempre agradar. Muito bom, hein, Maitê!