quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

O meu é maior que o seu

Inspirado pelo último post do Flows Inc., decidi dissertar sobre o movimento feminista e os enfretamentos entre os sexos atuais (não são os sexos que são atuais, os enfrentamentos que o são, os sexos são os mesmos desde que o mundo é mundo, a não ser que se considerem os transsexuais um novo gênero sexual – foco, Tiago, foco!). O mundo é machista? Sim! O mundo sempre foi machista? Sim, e pior do que é hoje! O feminismo trouxe mudanças? Sim! Ele trouxe melhorias? Sim! Mas também trouxe alguns comportamentos psicóticos e contraproducentes. Acho mais do que válido a mulher lutar por seu espaço no mercado de trabalho, pelo reconhecimento profissional, pela divisão igualitária das tarefas domésticas... e pronto! O problema do feminismo é que ele se transformou no exato oposto do machismo, uma ideologia de sobrevalorização da mulher frente ao homem. Igualdade entre os sexos jamais haverá! Homens e mulheres são diferentes e algumas dessas diferenças são saudáveis e necessárias. E esse papo de feminista radical de que “mulher não precisa de homem para ser feliz” é passar atestado de encruada. Quem não quer um companheiro para trazer aquele chazinho num domingo chuvoso aos 80 anos? Quem não precisa de alguém para comentar a droga do capítulo da novela de hoje? Ou quem não precisa de alguém, simplesmente, to have sex (não existem certas expressões muito melhores no inglês que não têm equivalente em português? Transar ficaria pesado aqui, ter sexo não rola e fazer sexo é triste – foco de novo, Tiago!)? Chega de baboseira! Mulheres precisam de homens, assim como homens precisam de mulheres (ou mulheres podem precisar de mulheres e homens podem precisar de homens). Acho que a grande conquista do feminismo foi acabar com os estereótipos de mulher dona-de-casa e homem provedor. O que não podemos é substituí-los por novos estereótipos, como o da mulher independente, bem-sucedida, deslumbrante, que não balança em cima de um salto agulha e não precisa de homem. Acho difícil ver uma dessas super-mulheres comemorando bodas de prata com aquele vibrador sensacional importado da Alemanha que é super fiel a ela. Na ânsia de sair debaixo da opressão machista, o feminismo acabou levando as mulheres à mais infantil e boba competição masculina: uma competição para medir quem tem o maior pênis, sendo o pênis feminino construído com todas as conquistas que as ditas mulheres independentes exigem de si mesmas e das outras.

domingo, 14 de janeiro de 2007

Por que a galinha atravessou a rua?

Nada como dividir nossas loucuras com os outros para constatarmos que somos normais (ou não!). Vocês também têm vontade de atravessar uma rua movimentada quando ela está tranqüila, mesmo que já estejam na calçada em que devem estar? Eu me dei conta desse meu impulso irracional hoje, voltando pra casa por uma das ruas mais movimentadas aqui do bairro. Num raro momento de inexistência de carros passando enlouquecidos, eu quis atravessar a rua e lembrei: “Não, eu já estou do lado da calçada do meu prédio!” E não é que eu fiquei com vontade de atravessar do mesmo jeito? Criaturas, era uma sensação de “não perder a oportunidade” que quase me fez ir até a outra calçada só pra voltar depois. Ai, meu Deus! Relendo isso, até eu tô achando que sou louco! Prozac na veiaaaaaaaaaaaaaaa!!!

Continuando com os distúrbios psíquico-comportamentais, agora dei pra enlouquecer querendo descobrir quem são meus fãs novos do Orkut. Minha quantidade de fãs tem crescido nos últimos tempos e, toda vez que vejo um novo adepto à seita de adoração da minha pessoa, eu vou checar quem é o ser sem juízo que me tem como ídolo. O problema é que toda vez que olho acho que são as mesmas pessoas, não reconheço ninguém novo, e fico pirando o cabeção tentando lembrar quem não estava ali até pouco tempo atrás. Será que o alemão (Alzheimer) já me pegou (cuidado com as piadinhas porno-eróticas, hein)? Acho que é melhor eu cometer logo orkuticídio! Esse sitezinho do demo só traz complicação pra minha vida! Estressei! Lexotan na veiaaaaaaaaaaaaaaaa!!!

PS: Lucy, essa linha entre os parágrafos foi em sua homenagem! Isso aqui não é o Você Decide, mas ouve as opiniões dos internespectadores (morra - quero dizer, de novo - de inveja, Guimarães Rosa!!!)

sábado, 6 de janeiro de 2007

Alô, alô, marciano

Êêêêê!!! Primeiro post de 2007!! Spoc! Pow! Pum! (caso não tenha ficado claro, isso foram onomatopéias de fogos de artifício estourando) Acho que ficou faltando uma coisa no post passado: seja menos preguiçoso, escreva com mais freqüência um post novo. Mas deixemos as auto-recriminações de lado e passemos ao assunto de hoje. Fui ao Manaíra Shopping aqui em João Pessoa para assistir a “O amor não tira férias” com minha mãe, minha irmã e minha avó (minha porção Rubens Ewald Filho deve falar sobre o filme dentro em breve). Lá encontrei a já tradicional pista de patinação no gelo do centro comercial. Todo ano ela está lá na época de natal. E não é influência do quadro Dança no Gelo do Faustão (graças a Deus), o negócio vem de longe. E qual não foi minha surpresa (na verdade, eu dei uma gargalhada) quando vi um aviso em uma das laterais da pista: evite falar ao celular enquanto patina. Eu fiquei rindo e pensando: “Será que é realmente necessário colocar um aviso desses? As pessoas não têm o bom senso de fazer isso por conta própria?” Sim, pois, convenhamos, é um tanto ridículo a pessoa ficar patinando no gelo e falando ao celular. Foi então que lembrei que apelar para o bom senso das pessoas é um negócio arriscado. Ainda mais em se tratando de questões relacionadas ao celular. Sou só eu ou mais alguém acha doentia a relação que muitas pessoas estabelecem com seus aparelhinhos telefônicos móveis? E não estou falando de grandes empresários que dormem com seu Blackberry embaixo do travesseiro, esperando aquele e-mail da fábrica da China para saber se a repimboca da parafuseta vai chegar no prazo para aquele cliente do Canadá. Falo de pessoas comuns, que possuem uma necessidade normal do celular. Parece que não se consegue viver mais sem celular. Pessoas, a gente vivia muito bem sem eles até alguns anos atrás! Sim, concordo que eles são um grande avanço e uma mão na roda, mas não vamos transformar um acessório em item essencial de vida! Para continuar no tema, ia eu no ônibus do metrô em direção à praia de Ipanema e ouvi a conversa de duas mulheres sentadas. O assunto: o presente de natal das crianças. Então uma delas falou que Fulaninho queria um celular com câmera, mas eles (ela + marido) já o haviam dado no dia das crianças. É o seguinte: pro bem dos meus filhos, é melhor que eu não os tenha! Do contrário, eles serão aquelas crianças execradas e deslocadas, praticamente marcianas, únicas com noção e bom senso em meio a pirralhos mimados e sem idéia do que seja necessidade e valor. Pela hóstia consagrada, pra que um pirralho precisa de um celular com câmera? Para tirar fotos dos “miguxos” no colégio? Se até hoje eu não vejo necessidade em ter um celular com câmera, pra que um fedelho precisa, se não para estar na moda e ter um celular de última geração também? E assim as crianças crescem com concepções distorcidas sobre o valor e a necessidade de bens materiais, tornando-se consumistas vorazes para tapar o buraco nas suas vidas de coisas que realmente importam, como amizades e relações interpessoais significativas (olha eu de novo puxando brasa pra minha monografia). Esse é o meu problema: querer criar filhos conscientes e mentalmente saudáveis.