segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Mude o mundo

Eu prometo não fazer promessas, pois promessas não movem o mundo. Eu prometo agir, fazer, acontecer. A diferença de 2008 em relação ao ano que se encerra será justamente o que se fizer de diferente. Tirando o somatório das horas extras do movimento de translação da Terra ao redor do sol que se converterá em um 29 de fevereiro, o próximo ano será rigorosamente igual a 2007. Então mude. Mudar está na essência do ser humano, às vezes para melhor, às vezes para pior. Mas mesmo as mudanças para pior geram repercussões, propiciam um momento de reflexão posterior e uma nova oportunidade de mudança e crescimento. Não espere as coisas mudarem por si só, como se elas tivessem o poder da transformação voluntária. Mude, altere, transforme. Mude até o que já parece bom, mas que está bom há muito tempo, pois o conformismo e a preguiça do conforto podem trazer malefícios inesperados. Então aqui vou eu, tentando mudar meu ano. Mas vou logo avisando que os prognósticos são animadores.
Feliz mudança de ano.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Por vir

Que venham a felicidade de se encontrar e o desejo de se reunir. Que venha a alegria de presentear não pelo valor do presente, mas pelo tanto de pensamento e carinho que se pôs nele. Que venha a beleza decorada, que venham as luzes, os laços e os enfeites. Que venha a sensação de uma época melhor, mais promissora e de salvação, mesmo para quem não é cristão. Que venham um sentimento de paz e uma disposição maior para perdoar, ser gentil e amar. Que venham a amizade sincera, a alegria espontânea e a doação desinteressada. Que venha o desejo de ser feliz, mas não de ser feliz sozinho; ser feliz junto, em conjunto, em comunhão. E que venha o desejo de fazer feliz.
Feliz natal.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Cansado, Puto, Mortificado e Frustrado

Volto depois de mais um bom tempo sem postar para retomar discussões mais importantes do que os “causos” do metrô ou meus devaneios durante o banho. Há tempos não sinto a menor disposição para comentar a tronxa política brasileira, mas o fim do imbróglio da CPMF me causou o desejo de escrever algumas linhas. É fato que a CPMF é um tributo exdrúxulo, que se desvirtuou da sua origem e incide em cascata sobre as várias etapas de produção e comercialização de produtos e serviços. Mas não consigo crer que foi por essa clareza de pensamento e raciocínio econômico que a oposição fechou questão e conseguiu que o famoso imposto do cheque não fosse prorrogado, até porque foi a atual oposição quem criou, prorrogou e defendeu a CPMF até pouco tempo atrás. Aliás, todo esse episódio político tupiniquim tornou ainda mais claros para mim dois aspectos medonhos e doentios das regras que governam quem nos governa. O primeiro é o senso destrutivo da oposição, não importa de que partido ela seja (é melhor nem entrar na questão dos partidos políticos senão eu não termino esse texto hoje). Não importa se é PT, PSDB, PMDB, DEM ou qualquer outro: virou oposição, tem que emperrar o funcionamento do governo e destruir tudo de bom que se queira fazer ou se tenha feito. Talvez seja o nível de descrença ao qual os últimos acontecimentos políticos me levaram, mas ninguém me convence que a oposição fez o que fez por outra coisa que não seja atrapalhar a vida do governo.
O outro aspecto nefasto da política nacional é o toma-lá-dá-cá: não se vota a favor ou contra por crença na importância e relevância de determinado assunto para o país, vota-se a favor se ganhar a presidência de uma estatal, a chefia de um ministério ou qualquer outro cargo almejado. A política nacional virou um balcão de troca, um escambo onde se entra com o voto de um lado e a nomeação do outro. E os brasileiros que se danem.
O que quero ver agora é como se dará o cenário pós-CPMF e como governo e oposição farão para repor a arrecadação perdida com o fim do medonho imposto do cheque. E nós brasileiros ficamos aqui, acompanhando tudo isso, sem saber se é uma novela, um drama ou o mais puro picadeiro.