quarta-feira, 7 de setembro de 2005

Luz

O dia foi cansativo. Metrô, aula pela manhã, aula à tarde, ônibus. 10 horas fora de casa. Mas há algo que eu não me canso de fazer neste dia, todos os anos. Aliás, são várias coisas: dar parabéns, elogiar, agradecer, comemorar, celebrar, festejar. Não há dia que eu ache mais digno de comemoração do que este, nem mesmo o dia do meu aniversário. Se não fosse por este dia, eu não teria nascido, logo não teria aniversário para comemorar. Se não fosse por este dia, eu não seria quem sou hoje, não teria os valores que tenho, não pensaria como penso, não encararia a vida como encaro, não veria as pessoas como vejo, e, aí, não sei se eu teria muito o que comemorar no meu aniversário. Se não fosse por este dia o mundo seria um lugar bem diferente de se viver, e isso não é exagero. Eu realmente acredito que há pessoas que são tão únicas e especiais que fariam uma falta incrível se não existissem. Sua ausência criaria todo um desequilíbrio nas forças e energias que compõem este mundo de forma impressionante. Há, sim, pessoas que fazem a diferença. Pessoas que podem até não fazer parte da história da humanidade, mas que são parte fundamental da história das pessoas que convivem com elas. Pessoas que não são capazes de, sozinhas, mudar todo mundo, mas podem mudar o mundo e as pessoas ao seu redor, dando início a uma mudança muito maior. Enfim, há pessoas iluminadas. Não falo de luz visível, mas de luz que se sente, que se absorve. Luz que sentimos com o coração, com a alma. Luz que não brilha, mas que nos aquece por dentro. E foi neste dia que nasceu uma pessoa assim, iluminada, que me preenche, que me completa, que me fez. Hoje é o aniversário da minha mãe. Que a infinita luz que ela irradia sem ver todos os dias volte, uma fração que seja, para si mesma hoje e sempre, pois uma minúscula parte do que ela transmite já é bálsamo para qualquer mortal que não tem a capacidade de ser alguém tão formidavelmente especial como ela é.
Beijos do filho que te ama mais do que a si mesmo.

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