terça-feira, 18 de janeiro de 2005

Estabelecendo limites

Até que ponto podemos exigir que as pessoas ajam da maneira que queremos? Até onde é correto forçar as pessoas de quem gostamos a nos darem o que queremos? Quando digo forçar, não me refiro a uma coerção, uma imposição autoritária, mas sim a um aproveitamento exagerado da amizade e da boa vontade alheia. Algo que aprendi nos últimos anos é que saber que alguém sempre fará o que pedirmos não nos dá o direito de pedir sempre. Pelo contrário, muitas vezes devemos nos resignar e não pedirmos justamente porque sabemos que a outra pessoa não se negará a fazer aquilo por nós. Mesmo acreditando que a amizade é o que há de mais sagrado em nossa vida como eu acredito, é preciso estabelecer uma cota para os sacrifícios que os amigos estão dispostos a fazer por nós, uma cota estabelecida por nós mesmos, e não pelos outros, pois, se os outros são amigos mesmo, nunca demarcarão uma quantidade X de ajuda que nos prestarão, e é justamente por isso que não podemos abusar da boa vontade deles. É preciso ter consciência de até onde podemos ir, até onde podemos tirar proveito daquela amizade. Afinal, a amizade, assim como tudo nessa vida, tem limites.

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