quarta-feira, 19 de maio de 2004

Quilometragem da saudade

Como é de praxe em toda quarta-feira (assim como em todo domingo), aguardei ansiosamente o telefonema de mamãe (para quem não sabe, meus pais e toda a minha família, com exceção do meu irmão, moram em João Pessoa). Mas hoje esperei com uma ansiedade maior. Se os telefonemas da minha mãe me permitem viajar, hoje a viagem foi maior: meus pais estão no Rio de Janeiro, no apartamento do meu irmão (aquele da exceção). Engraçado, para mim não deveria fazer diferença se eles estão no Rio, em João Pessoa ou em qualquer outro canto, pois o meu contato com eles é por telefone mesmo. Mas, quando eles estão mais longe, eu sinto a distância maior. Eu já havia sentido isso quando eles foram a Salvador, quando meu irmão estava morando lá (explicação: não, meu irmão não é foragido da polícia, é que ele estava fazendo o curso da Petrobrás, mas agora se fixou de vez no Rio). Ao atender o telefone, o coração sente um alívio mais forte e sinto como se eu fizesse uma viagem ainda maior sem sair do meu quarto.
Foi assim que descobri que a saudade se mede em quilômetros.

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