terça-feira, 18 de maio de 2004

E fez-se a luz

Finalmente entro na comunidade blogueira. Ao tomar conhecimento dos blogs, eu confesso que achei um tanto quanto estranho ficar escrevendo sobre sua vida, sobre coisas pessoais para quem quiser ver na internet. Mas depois vi que a coisa não era tão simples e restrita assim. E passei a achar a idéia interessante, uma forma de se expressar, de trocar idéias, experiências e até verificar, naqueles momentos de dúvida extrema, se foi você ou o resto do mundo que enlouqueceu. Bem, mas chega de justificativas e vamos ao primeiro texto. Fiquei preocupado em escrever algo sensacional, genial no meu primeiro post, algo que criaria fãs imediatos do meu blog. Pura pretensão. Por isso resolvi escrever sobre algo que eu tive vontade de escrever há algum tempo e até pensei "se eu tivesse um blog, eu escreveria sobre isso". Então, lá vai.



LOTERIA COTIDIANA



Estava eu dentro do ônibus (nem lembro se o Siqueira-Papicu, o Parangaba-Náutico ou o Circular) me encaminhando para a faculdade. Quem anda de ônibus sabe que não é exatamente um divertimento: quente, muitas vezes apertado, agüentar freadas e arrancadas bruscas, aturar o gosto musical questionável da maioria dos motoristas. Mas nesse dia eu havia ganho na loteria do dia-a-dia: o motorista era um daqueles espécimes raros que gostam da Calypso ou da Tempo (e eu não tô ganhando nada por essa propaganda, pode?). Sem querer parecer pedante ou preconceituoso quanto às FM 93 ou Verdinhas da vida, mas eu realmente não gosto da programação dessas rádios. Foi aí que me peguei cantarolando "O bêbado e o equilibrista" juntamente com a Elis dentro de um ônibus às 13:50 h, feliz da vida, num momento de pequena felicidade. E então eu percebi que é assim que devemos encarar a vida, como uma série de pequenas felicidades salpicadas aqui e ali, pois se ficarmos esperando pelos momentos de grande felicidade, que são muito raros, acabamos passando batido por grande parte da vida.

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