segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

A-la-la-ô-ô-ô-ô-ô

Eu poderia falar de vários assuntos relacionados à minha viagem a Salvador, e, muito provavelmente, falarei mais à frente. Só o fato de eu ter visto as pernas de Ivete Sangalo bem de perto por duas vezes já renderia um bom post. Mas, hoje, vou contar a vocês como foi a noite da minha segunda-feira de carnaval. Após três dias (ou noites, melhor dizendo) acompanhando os blocos do carnaval, eu decidi fazer algo diferente e buscar outros divertimentos em Salvador. Para tal tarefa eu contava com a ajuda do meu grande amigo Caio, que prontamente se ofereceu para me levar para conhecer a noite soteropolitana. Após um dia inteiro de chuva, o que estragou a praia que havia sido combinada para a manhã daquele dia, a noite estava estiada. Após o trabalho (sim, o Caio tem um carimbo na testa que diz “puta ruim” e trabalhou em plena segunda-feira de carnaval), meu amigo não mais virtual passou no apartamento onde eu estava, que pertencia a um amigo do meu irmão que estava viajando, e nós pegamos um táxi. Seguimos em direção ao Rio Vermelho, um bairro boêmio de Salvador, conforme meu guia falou. Tudo fechado. Minto, tudo não. Os cabarés da cidade estavam lá, firmes e fortes, mas nós dispensamos esse programa. Após um frustrante passeio de táxi, voltamos ao apartamento. De lá, fomos a uma loja de conveniência de um posto de gasolina próximo e compramos uma garrafa de vinho e uns salgadinhos para exercitar a mandíbula. Quando estamos voltando para o apartamento, a pé, a chuva resolve dar o ar de sua graça novamente, o que nos obrigou a subir correndo a considerável ladeira que levava até o prédio. Chegando ao apartamento, ensopados de chuva e suor, fomos abrir o vinho. Mas havia um problema: após muita procura, não encontramos um saca-rolha no apartamento. Muitas tentativas de abrir a garrafa se seguiram, culminando com o Caio arrancando pedaços da rolha com uma faca e enfiando o resto para dentro da garrafa. Detalhe: graças a essa única saída que encontramos para poder abrir a garrafa de vinho, tivemos que usar uma peneira para coar os pedaços de rolha quando enchíamos os copos. Sim, mas eu quase esqueci de contar o melhor! Enquanto o Caio tentava abrir o vinho, o que aconteceu? Faltou energia! Isso mesmo! Como desgraça pouca é bobagem, tivemos que terminar de abrir o vinho no escuro! Finalmente conseguimos tomar o bendito vinho e ficamos conversando na sala, sem luz. Meu irmão chegou com um amigo do carnaval e se juntou a nós na escuridão da sala de estar, deitado no chão (fim de carreira). Coitado, ficou lá, deitado e acabado, esperando que a luz voltasse para poder tomar um banho. E o Caio esperando a mesma energia para poder ir embora. Como a energia não voltava e eu começava a dar sinais evidentes de sono, o Caio foi embora sem luz mesmo. E essa foi a noite da minha segunda-feira de carnaval. Pode não ter sido das mais animadas, pode ter acontecido muita coisa errada, mas, pelo menos, rendeu uma boa história.
PS: Caio, eu disse que iria escrever sobre isso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário