sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

Fale mal, mas fale de mim

A moda hoje é falar mal. Da moda, inclusive.

As camisetas

Alguém pode me explicar qual é a da moda das camisetas com o nome “Brasil” bordado no peito? Elas estão por todo lugar, tanto nas C&As, Riachuelos e Centauros da vida, quanto nas lojas de esquina, podendo variar o número de listras nos ombros (sim, pois todas elas têm essas listras nos ombros) e a combinação de cores, que vão desde o básico e batido verde e amarelo ao branco com azul e variadas outras cores. Da forma e do preço que sejam, essas camisetas vão dominar o mundo. E olhem que ainda estamos a 4 meses da Copa do Mundo.

As bandas

E as bandas que tocam algum som não-identificado que, na falta de definição melhor, elas chamam de forró? Ainda mais depois do sucesso da Banda Calypso (essa foi pra Leda e pra Lucy), que fez explodir o número de bandas tentando copiar o estilo Joelma de ser. Justiça seja feita, a Joelma é bem superior a qualquer gato véi desses que gasguitam aos microfones dos programas de auditório. Não, eu não sou fã da Banda Calypso, jamais vocês me verão colocando um CD ou um DVD (tá por fora, meu filho! Calypso tem DVD e tudo!) da Banda Calypso para ver ou escutar, não necessariamente nessa mesma ordem, mas eu tenho que reconhecer que é perceptível como a Joelma gosta do que faz e que são inegáveis o carisma e a simpatia dela. Mas as outras? Já virou motivo de piada aqui com meu irmão (esse, sim, fã de Calypso). Já vimos no Programa do Jacaré (aos que não habitam no Rio de Janeiro: é um programa que é a mais pura imitação do Ratinho – pois é, há quem queira imitar o Ratinho – e passa às 7:30 da manhã aqui na cidade maravilhosa) umas bandas cantando músicas com as poéticas letras que dizem algo do tipo “pega o sabonete, esfrega o sabonete” ou “o piruli-tu-tu, o piruli-tu-tu, o pirulito é muito bom, o pirulito eu vou chupar”. Misericórdia!!!

As legendas

E o prêmio idéia mais estúpida dos últimos tempos vai para... a rede Telecine, que inventou a execrável “Sessão Cybermovie”! Aos leitores que não tiveram o desprazer de descobrir o que é isso, eu conto: o canal de filmes por assinatura Telecine inventou de fazer uma sessão em que os filmes são legendados com aquela linguagem intragável de Internet que possui aberrações gramaticais do tipo “qquer” (isso deveria significar qualquer), “loko”, “xokolat” (ai, meu fígado!!!) e “d+”. Dá para imaginar assistir a um filme tendo que ler esse tipo de pérola da linguagem internética? Tudo bem que a intenção dessa linguagem era agilizar as conversas digitadas via Chats e comunicadores instantâneos (e nem assim eu consegui me adaptar a escrever dessa maneira), mas qual é a vantagem que trocar o “c” pelo “k” traz, além de assassinar o vernáculo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário