segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

A garotinha ruiva

Exagerado que sou, decidi escrever um post de aniversário. Quem acompanha as aventuras da Sala de Justiça há um tempo já deve ter feito as contas e percebido que hoje não é o aniversário da Leda, da Sabrina nem de nenhum(a) outro(a) grande amigo(a) meu(minha) (ai, que saco esse negócio de ser politicamente correto com os gêneros!) sempre citados aqui. Essa amizade é nova. Apesar de ser uma moça com quem eu cruzava aqui e acolá nos caminhos do CH 2 (aos desavisados: Centro de Humanidades 2) da UFC, nós nunca trocamos mais do que meia dúzia de palavras nesses encontros. No que seria o fim desses encontros, ou seja, na época da minha formatura, um evento recheado de desespero e angústia nos aproximou mais: defendemos monografia na mesma época, a poucos dias de diferença um do outro. Ela antes de mim. Aliás, puxando bem pela memória, acho que a defesa dela foi a primeira que eu fui ver para poder me preparar para a minha. Talvez não tenha sido uma boa idéia: a garota falou com tal desenvoltura e naturalidade sobre seu trabalho de conclusão de curso que eu poderia ter entrado em parafuso pensando em fazer igual (ainda bem que não cai nessa, desencanei mesmo e fiz a minha defesa ao meu jeito). Comemorei com ela, dei os parabéns (afinal, a menina tirou 10), mas, ainda assim, o laço não se aprofundou tanto, mesmo ela tendo feito a gentileza de ir acompanhar a minha defesa (vai ver ela ajudou a me dar sorte e repetir a mesma nota). E assim as coisas continuaram, nós nos formamos juntos (aliás, acabei de checar e o nome dela está aqui junto ao meu, na minha réplica da nossa placa de formatura, além da sua figura ruiva na foto) e eu me mudei e remudei. Mas a amizade se firmou mesmo da maneira mais indireta possível: Leda Maria me apresentou ao blog dessa pessoa, o Flows Inc., e eu me apaixonei. Pelo blog, devo dizer, pois ela é uma moça comprometida, praticamente casada! Ela escreve de uma forma indescritível. Neologismos, expressões locais, palavras do mais rebuscado português, tudo se mistura num texto que prende a atenção e nos obriga a procurar posts novos todos os dias. Eu, com toda a admiração que tenho por quem sabe escrever bem, virei fã na hora. Foi assim que fiquei amigo de Luciana Andrade, via blog. Amizade que já se expandiu para milhares de recados trocados no Orkut e conversas no MSN. É engraçado pensar que duas pessoas que passaram alguns anos se encontrando na faculdade acabaram criando uma amizade virtual quando nem na mesma cidade moravam mais. Mas creio que assim foi melhor, ou mais sincero, pelo menos. Ficamos amigos não pela política da boa vizinhança de estudantes da mesma faculdade, mas pelo amor às palavras. Por isso achei que a melhor maneira de homenageá-la seria assim, através das minhas palavras. Parabéns, Lucy! E que você esteja sempre em um “sky with diamonds”!!

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