domingo, 5 de dezembro de 2004

Como será o amanhã?

Engraçado como nossas necessidades e nossos desejos podem mudar repentinamente, de um extremo ao outro. Mais ainda: como nós podemos deixar de desejar algo no momento em que o alcançamos. Estava eu aqui ao computador, inventando o que fazer para não ir dormir, quando pensei: eu tenho que ir dormir para acordar cedo amanhã! Espera aí. Não tenho, não! Eu já terminei a minha monografia! Não preciso acordar cedo! E isso era o que eu mais desejava: acabar minha monografia para não ter a obrigação de acordar cedo, não ter que começar meu dia ao som do despertador do meu celular. Mas, quando me dei conta de que não tenho que acordar cedo amanhã porque não tenho mais que fazer a monografia, me bateu um vazio, até mesmo uma falta de propósito. Sei que não acabou, ainda falta a defesa na próxima sexta. Mas, por mais preocupado que eu possa estar, sei que não é nenhum bicho de sete cabeças, e não me obriga a acordar cedo logo amanhã. E esse início de desobrigação acadêmica já começa a me preocupar. Explico: enquanto ainda fazia minha monografia, eu enfrentei um fim de semana nebuloso, registrado aqui no blog, inclusive. Mas, a partir da segunda-feira seguinte, eu voltei a me concentrar na mono e esqueci tudo o que me afligia. No momento, minhas preocupações estão dirigidas para a defesa. E aí eu me pergunto: depois da defesa, o que vai desviar minha atenção do fato inevitável que vai ser extremamente difícil de encarar?

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