domingo, 8 de maio de 2005

O maior de todos os presentes

Quer seja por motivos meramente comerciais ou não, algumas datas possuem a responsabilidade de, em um único dia, concretizar sentimentos e prestar homenagens que, na verdade, deveriam se espalhar por todos os dias do calendário. Mas mesmo quem não consegue enxergar ou praticar essa distribuição mais igualitária de carinhos e atenções por todo o ano se esforça para fazer jus à importância das datas comemorativas que se repetem anualmente. Entretanto, é possível alcançar a real grandeza que a data de hoje pretende assumir? Somos capazes de atingir todo o significado de uma data que se propõe a concentrar toda a retribuição que as mães merecem? Há declarações que cheguem, presentes que valham o maior de todos os presentes que nossa mãe nos deu, que é o presente da vida? A minha resposta? Não, não somos capazes de prestar, em um único dia, todas as homenagens de que as mães são dignas. E afirmo isso com tanta convicção porque acredito que mesmo um ano inteiro, com seus 365 dias, não dá conta da enormidade da tarefa que é agradecer e retribuir tudo o que uma mãe faz. Ser mãe é o mais divino de todos os papéis que cabem ao ser humano encarnar. É gerar, guardar dentro de si, gestar durante meses com um carinho e uma proteção só comparáveis àqueles com os quais a maior de todas as criadoras gera e protege seus filhos: a mãe natureza. O próprio nome com o qual batizamos a genitora de todas as coisas vivas dá a dimensão do poder sobre-humano que é ser mãe. E, como se não fosse miraculosa e importante o bastante a missão de conceber, as mães ainda dividem com os pais ou mesmo assumem sozinhas outra tarefa de enorme responsabilidade: criar uma pessoa, o que acarreta cuidar dela e torná-la alguém digno do milagre que o pôs no mundo. Diante de tudo isso, creio que só nos resta uma coisa a fazer para compensar as mães por tudo isso: amá-las. Amá-las o máximo possível, sempre, todos os dias de nossa vida, para conseguirmos, no máximo, chegar perto do amor que elas sentem por nós, que é, com certeza, o maior que o ser humano é capaz de sentir.

(Texto de minha autoria publicado hoje no jornal Correio da Paraíba)

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