quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Eu por mim mesmo

Complexo, mas fácil de se entender. Romântico incurável, daqueles que gostam de mandar flores e mensagens de texto pelo celular (e viva a tecnologia) só para dizer que se lembrou da outra pessoa. Responsável e, ao mesmo tempo, um procrastinador patológico, embora esteja trabalhando nessa questão para superar tal deficiência. Detentor de algumas manias singulares, como não gostar de parar uma música no meio, detestar ver uma sandália ou um sapato emborcados, gostar de levantar da cama com o pé direito (mais por mania mesmo do que por superstição), esperar por horas redondas para começar a fazer qualquer atividade. Alucinado por música, embora possua um gosto de um ecletismo limitado (pagode romântico, sertanejo, forró com letras de gosto duvidoso e heavy metal podem passar longe). Durmo todas as noites ao som de algum dos meus CDs de estimação. Falando em CDs, possuo com eles a mesma relação que tenho com DVDs e livros, uma relação quase carnal, afetiva e, por que não dizer, sexual; por isso nunca comprei um CD ou DVD pirata na vida (mas acho que os preços dos originais são muito salgados, por isso escolho muito bem o que compro). Leitor de quadrinhos aficcionado que fica extremamente fulo da vida quando alguma alma sem esclarecimento diz que “isso é coisa de criança”. Nojos declarados: pêlos no sabonete (mesmo que sejam meus); comida misturada (tipo lavagem de porco, em que não conseguimos distinguir uma coisa de outra); privada suja com aquela água amarelada (blergh!) – aliás, banheiro sujo em geral; rio, lagoa, açude ou qualquer outro ambiente aquático com areia cheia de lodo no fundo. Detesto saber que alguém está me esperando, fico louco quando isso acontece, tanto que prefiro esperar os outros a ser esperado, mas isso não é desculpa para me deixar plantado esperando. Só faço o que quero, mesmo que o que eu queira seja agradar a algum amigo ou fazer algo por alguém que mereça minha consideração. Crítico e extremamente flexível ao mesmo tempo. Alguém fácil de se levar. Acredito que as pessoas podem mudar, mas se elas mesmas quiserem, nunca por pressão externa, e por isso creio em segundas, terceiras, quartas chances, mas também acredito em últimas chances. Insisto em querer carregar as dores do mundo nas costas e querer resolver todos os problemas da humanidade: a corrupção, o efeito estufa, a fome, a miséria, o desemprego, o lixo nas ruas e nas praias. Tão preocupado com o que será do nosso país que já me passou pela cabeça a loucura de virar político para tentar resolver pelo menos parte desses problemas. Comida tem que ser quente, bebida tem que ser gelada, exceto leite. Gostos próprios: suco, sorvete e picolé de cupuaçu, pimentão verde cru com sal, chocolate branco, lasanha, pizzas e outras massas, torta de morango, quindim, bolos e tortas de chocolate ou doce de leite (mas nada de glacê e aquelas coberturas enjoativas que só têm gosto de clara de ovo batida com açúcar). Abomino rebeldia sem causa e atitude rocker revoltadinha (aquela de quem gosta de qualquer música em que os instrumentos musicais fazem mais barulho do que qualquer outra coisa e o vocalista está sempre se esgoelando, mas é legal porque os outros músicos são muito “comerciais”). Fã de seriados americanos, mas só dos bons (e quem decide o que é bom? Eu, ora bolas!). Fã de cinema, embora não vá tanto quanto eu gostaria, culpa do meu lado co-dependente (mas eu vou me emancipar e ser uma pessoa capaz de fazer coisas sozinho). Gosto tanto de bobagens apenas para divertir quanto de filmes feitos de boas atuações e belos diálogos. Acreditem, assisti a um filme iraniano na faculdade e achei muito bom. Mas detesto quem faz o tipo “só gosto de cinema europeu”. Não fumo, quase não bebo e não uso drogas (yes, eu sou saudável). Adquiri o bom hábito de gostar de verdura, chego a salivar perante uma bela salada. Caseiro, mas gosto de sair de vez em quando e passar uma noite inteira dançando (Mucuripe Club que o diga, que me viu saindo de lá às 7 da manhã). Coisas por realizar: aprender espanhol, aprender italiano, conhecer a Europa, conhecer Nova York, conhecer a Chapada Diamantina – coloquemos um genérico “viajar”, mergulhar, saltar de pára-quedas, plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Esse sou eu, uma obra em andamento.

PS: esse post foi um oferecimento do Flows Inc. e sua sócia majoritária, Lucy Andrade, que iniciou a corrente da auto-análise blogueira.

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