sábado, 2 de setembro de 2006

Tudo pelos 15 minutos de fama?

Eu e minhas indagações extremamente relevantes. Estava eu assistindo TV essa semana quando, em uma zapeada, acabei no Vídeo Game, aquele programinha da Globo que serve para ficar promovendo outros programas da Globo e artistas da Globo com a participação de artistas de onde (ganha um doce quem souber)? Da Globo! E peguei o programa bem na hora do quadro da prova da platéia. Se você já foi a alguma gravação do Vídeo Game com uma cartolina onde se lia “Escolhe eu” e um buraco no formato do seu rosto, me desculpe, mas não existe nada mais ultrajante do ficar pulando desesperadamente na platéia para ser escolhido para uma prova que, via de regra, resume-se a realizar tarefas ridículas e degradantes em cadeia nacional para dar pontos a algum artista da Globo que, muito provavelmente, está ali só porque é obrigado por contrato a participar daquela palhaçada. E eu me vi pensando: “Jesus amado, essas pessoas vão a esse programa e querem participar dele porque gostam?” Logo meus pensamentos extrapolaram para outros programas de auditório de qualidade duvidosa (para não dizer péssimos), tipo Sabadaço (pausa para ânsia de vômito), Superpop (fui tomar um Dramin) ou Domingo Legal (não deu, acabei abraçado com a Celite!). Vocês já pararam pra pensar no que leva um pobre ser humano a sair da sua residência para ir assistir in loco a esses programas indigestos? Pois é, eu fiquei aqui, matutando que espécie de infância teve uma pessoa que está todas as noites no auditório da Luciana Gimenez (aquela doidinha cujo maior feito na vida foi ter tido um filho do Mick Jagger). Será que ela foi obrigada a trabalhar numa mina de carvão por uma mãe fumante, alcoólatra, esquizofrênica e cleptomaníaca, que batia nela todas as noites com livros, revistas científicas e discos de música clássica e depois ia assistir TV alegre e satisfeita? Acho que essa nem Freud explica!

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