quarta-feira, 3 de novembro de 2004

Deixando a tristeza de lado

Não vou falar sobre a reeleição de George W. Bush porque seria um post cheio de melancolia, tristeza e decepção. Não quero encher meu blog com toda a negatividade que esse homem passa. Infelizmente ele ganhou e não há nada a se fazer agora. Por isso publico o texto que escrevi ontem, mas não publiquei por conta de alguns empecilhos.

Após alguns problemas que me impediram de postar nos três últimos dias, estou de volta para comentar algumas coisas sobre o post passado. Em primeiro lugar, eu me expressei mal quando disse, simplesmente, que acho perigoso levantar a auto-estima de um povo. Claro que sei que ter uma boa auto-estima ajuda bastante e ninguém deve andar por aí achando que é o pior dos piores. O que quis dizer foi que acho perigoso dizer que alguém deve se sentir bem ou superior (o que é pior ainda) simplesmente por ter determinada nacionalidade. Não é ter nascido no Brasil, nos Estados Unidos ou na China que faz de alguém melhor ou pior. O que nos faz são as atitudes que tomamos, a forma como agimos, a maneira que pensamos e pomos em prática, afinal, como dizia o meu xará bíblico Tiago, “a fé sem obras é morta”. É isso que vejo nos americanos em geral (claro que há exceções, em tudo há: vide Michael Moore, um americano com uma capacidade de auto-crítica invejável), um sentimento de superioridade por ter nascido na terra do tio Sam. E, em segundo lugar, quero dizer que concordo com quem disse que exemplos capitalistas não podem ser de pessoas dispostas a ajudar os outros e tentar mudar a ordem das coisas, realmente eu não havia pensado nisso, apesar de todas as leituras que estou fazendo para a minha monografia apontarem exatamente isso, falando do atual homem unidimensional, ou seja, aquele que aceita as coisas como estão como a única forma possível. E concordo também com quem disse que nós precisamos de heróis para nos espelharmos (gente, desculpa não dizer exatamente quem, deu um probleminha na Internet aqui e eu não to podendo acessar meu blog para olhar os comentários). Acontece que eu continuo achando que quem faz todos os esforços para melhorar a própria vida não é herói nenhum: herói, como os que estou acostumado a ver nas histórias dos X-Men que tanto gosto, são aqueles que sacrificam a própria vida em prol dos outros, que não medem esforços para ajudar a melhorar não só a própria vida. Por acreditar que isso, sim, é que são heróis e por não me vender totalmente ao capitalismo que hoje se apresenta, deixando bem claro que não tenho nenhuma inclinação para o socialismo e nem para usar os livros de Marx como bíblia (até porque não sou católico e não leio a bíblia) que eu continuo achando que essa campanha do governo não me passa nada do que pretende passar.

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