domingo, 14 de novembro de 2004

Eu contra o Universo

Meu último post comemorava um dia ótimo, em que aconteceram várias coisas boas. Mas, dois dias depois, algumas coisas chatas começaram a acontecer. Comemorei cedo demais que a minha fatia de pão caiu com o lado da manteiga virado pra cima. Pouco depois ela deu uma cambalhota, tal qual uma barata agonizante. Minha impressora teima em funcionar na assistência técnica, mas não aqui em casa. Problema no computador? Provavelmente, mas o problema é que não se consegue descobrir onde, mesmo depois da compra de dois novos cabos (um paralelo e um USB) para testar se o problema não era nas portas de impressão do computador. Mesmo com os cabos novos, o conserto dos trilhos dos cartuchos e a limpeza da impressora, ela se recusa a funcionar. Constatado isso, me dirijo à loja onde comprei os cabos para trocar o segundo por novos cartuchos para a impressora, conforme já havia combinado, por telefone, com o funcionário que me atendera. Lá chegando, a outra funcionária que me atendera disse que não era possível trocar produtos em promoção, desmentindo o que o rapaz havia me falado. Alegou que o dono não permitia. Resultado? Olhei para ela com ódio, mesmo afirmando saber que ela não tinha culpa, e disse que ela avisasse ao dono da loja que, embora eu precisasse do cartucho novo, por conta daquilo, eu não iria comprá-lo lá, iria procurar onde fosse, mas lá eu não compraria. Perdi a paciência, perdi o dinheiro do cabo e perdi minha aula de inglês. No dia seguinte, começou um serviço aqui no apartamento dos meus padrinhos que virou o lugar de cabeça para baixo, me fez inalar quilos de pó de madeira lixada (temendo cuspir um pião a qualquer momento) e atrasou minha monografia. Isso tudo na semana em que assisti a um episódio de Sex and the city (pausa para um momento de saudade) em que se falava sobre carma: para uma série de acontecimentos ruins, há um acontecimento muito bom para compensar e vice-versa. É o que costumo chamar de auto-regulação do universo. Graças a Deus que o universo teve pena de mim e voltou a me compensar por tantos desastres: apesar de estar confinado no corredor que leva aos quartos (esperando o verniz do piso dos mesmos secar – por Deus que não sofro de claustrofobia), terminei o primeiro capítulo da mono e já o enviei à minha orientadora. Espero que a resposta seja tão animadora quanto a do post anterior. Ainda bem que meu aniversário já passou, pois eu não agüentaria um inferno astral de lambuja.

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