segunda-feira, 15 de maio de 2006

Não sou pobre, sou fitness

Viagem feita, estou eu aqui de volta à cidade maravilhosa. Na verdade, o post de ontem já foi escrito em terras cariocas, mas a ocasião merecia exclusividade e eu não falei em viagem. Ir a Fortaleza sempre é bom, o problema foi o tempo curto que não me permitiu fazer tudo o que eu queria nem rever todas as pessoas queridas. E para não deixar de ser Poliana, eu me consolo dizendo que assim é bom porque fica um gostinho de “próxima vez”. E o “causo” da viagem que eu vou contar hoje já nasceu com o adesivo “Post do Enquanto Isso, na Sala de Justiça” colado na testa. Pouco depois que cheguei à casa da minha madrinha, minha amiga/irmã Ledíssima apareceu e ficamos conversando e matando as saudades. Mais tarde, quando fui deixá-la em casa, Leda soltou a pérola. Fui deixá-la dirigindo o carro da minha madrinha, que é automático. Não sei como o assunto se iniciou, só sei que Leda Maria, com sua cabecinha prodigiosa para besteiras, bobagens e afins, começou a dissertar sobre as vantagens do carro manual: a necessidade de ficar movimentando o braço (sem falar no pé esquerdo) para mudar as marchas é muito mais saudável e gasta muito mais calorias. Aí fomos desenvolvendo o assunto e chegamos à conclusão de que o mesmo princípio vale para as janelas: o exercício de ficar rodando a manivela de subir e abaixar os vidros é muito mais salutar. Direção hidráulica é meio passo para braços flácidos e fracos. Quatro portas? Nem pensar! Só se for para perder a chance de fazer bons abdominais ao ficar se curvando para frente ao afastar o banco para deixar os passageiros entrarem no carro e saírem dele. Trava elétrica só serve para perder toda a flexibilidade: o alongamento que se faz para puxar o pino da porta do passageiro é essencial! E carro sem ar-condicionado é a oportunidade ideal de fazer uma saunazinha e perder uns quilinhos. Pronto! Já estava mais do que justificado o porquê de o carro que a Leda comprará um dia ser manual, com duas portas apenas, sem vidros e travas elétricas, sem direção hidráulica e sem ar-condicionado. Numa época em que todo mundo só pensa em fazer academia, malhar, cuidar do corpo, eu disse à Leda: “É isso mesmo! E, se eu fosse você, eu mandaria fazer um adesivo para colar no carro dizendo assim: Não sou pobre, sou fitness!”.

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